O Copom do Banco Central (BC) decidiu ontem (26/10), de forma unânime, manter a Selic, a taxa básica de juros da economia, nos atuais 13,75% ao ano. A decisão já era esperada por analistas. Em comunicado, o Copom informou que manterá os juros pelo tempo necessário para segurar a inflação e julgou o nível adequado para lidar com as incertezas sobre a economia brasileira.
O órgão, porém, repetiu que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”. Com a decisão, a Selic continua no maior patamar desde janeiro de 2017. Essa foi a segunda vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto. Antes, o Copom tinha alterado a Selic por 12 vezes consecutivas.
Alta do petróleo
A alta do petróleo no mercado internacional aumentou as expectativas de reajustes nos preços dos combustíveis pela Petrobras. Ontem, a estatal esclareceu que ajustes são realizados “no curso normal de seus negócios” e evita o “repasse imediato”. A companhia reiterou que “monitora continuamente os mercados” e faz análise diária do comportamento dos preços internos em relação às cotações internacionais.
Embora tenha repassado rapidamente a redução na cotação do barril do petróleo antes do 1º turno das eleições, a Petrobras tem segurado os repasses.
Geração de empregos
A economia brasileira gerou 278 mil empregos com carteira assinada em setembro, segundo o Ministério do Trabalho. O resultado representa piora em relação a setembro do ano passado, quando foram criados 330 mil empregos formais. Entretanto, setembro foi o 9º mês consecutivo de saldo positivo, com criação de empregos nos cinco setores da economia: serviços, indústria, construção, comércio e agropecuária.
O país tem agora 42,8 milhões de pessoas trabalhando formalmente. O número representa uma alta de 0,65% em relação ao estoque do mês anterior e também é recorde.