A promessa do presidente eleito Lula (PT) é de acabar com a política de paridade internacional de preços na Petrobras, criada no governo de Michel Temer (MDB). E já teria um nome para esta missão. Segundo informações de bastidores, trata-se do senador Jean Paul Prates (PT/RN), cotado para comandar a maior estatal do Brasil. Ele tem longa atuação no setor de óleo e gás. No Senado, foi relator de projetos importantes, como o que levou à redução dos preços dos combustíveis.
A proposta do Jean Paul Prates é criar referências regionais que levem em conta a formação de preços nacionais e importados. Contudo, não se trataria de tabelamento de preços dos combustíveis, segundo o senador. A ANP, como agência reguladora do mercado, seria responsável por calcular esses preços de referência, passando, assim, a produzir valores oficiais. A política serviria para orientar, por exemplo, a fiscalização da concorrência, feita também pelo Cade.
Estabilização de preços
Prates defende também a criação da conta de estabilização de preços, um projeto seu, aprovado no Senado com apoio do governo. Mas, posteriormente barrado pelo ministro Paulo Guedes (Economia). A ideia é evitar grandes aumentos aos consumidores em momentos de alta volatilidade do mercado. Além da criação de estoques reguladores, para garantia do abastecimento nacional.
A promessa é que a Petrobras no futuro governo Lula vai retomar os investimentos, com mais atenção à transição energética. O que, para o mercado de ações, pode reduzir os pagamentos vultosos de dividendos feitos este ano, que ajudaram nas contas da União. O mercado, porém, reagiu mal: as ações da estatal recuaram quase 10% após o nome do senador petista ser cotado nos bastidores para comandar a Petrobras.
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