Numa movimentação comandada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, o PL deve lançar um candidato para disputar a presidência do Senado com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual ocupante do cargo. O provável postulante será o ex-ministro Rogério Marinho, recém-eleito senador pelo Rio Grande do Norte.
Pacheco, que contou com o apoio do Palácio do Planalto dois anos atrás, jamais foi visto como aliado e freou pautas de Bolsonaro na Casa, além de contar com o apoio do presidente eleito Lula a sua reeleição. Nos bastidores, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não acredita na chance de Marinho, mas estaria interessado em “criar dificuldade para vender facilidade”, aumentando o poder de barganha junto a Pacheco e a conta na hora de retirar a candidatura própria.
Isolar radicais
Já encrencado com a Justiça Eleitoral, o PL quer isolar a deputada Carla Zambelli (SP) e outros bolsonaristas radicais para evitar atrito com o futuro governo petista. “A maioria [do PL] não quer confusão. Se tiver que ser feito embate pela racionalidade, vamos fazer. Mas desse comportamento bélico, estamos fora”, disse um deputado do partido e aliado de Bolsonaro.
O PT e PSOL pediram que o STF investigue Zambelli após a divulgação de um vídeo em que conclama os comandantes das Forças Armadas a não reconhecerem o resultado das eleições, conta Guilherme Amado.