A secretária estadual Cristiane Schmidt (Economia) afirmou nesta quarta-feira (12/4) na Assembleia Legislativa de Goiás que o governo de Ronaldo Caiado (União Brasil) fechou o ano passado com R$ 11 bilhões em caixa. Isto, apesar de uma perda de R$ 5 bilhões na arrecadação do ICMS por conta da redução de alíquotas sobre as vendas de combustíveis, energia elétrica e comunicação em 2022. “Conseguimos uma pequena reversão no imposto sobre a gasolina. Mas isso representa apenas 500 milhões a mais no caixa”, frisou.
Segundo Schmidt, houve um “aumento significativo” nos investimentos em áreas prioritárias do Estado, como educação e saúde. “Investimos mais de R$ 6 bilhões no ano passado contra R$ 400 milhões da gestão passada. Na área de saúde houve um aumento substantivo de mais de 50% em relação à administração anterior”, afirmou.
Apesar de ter fechado com R$ 11 bilhões em caixa no ano passado, a secretária estadual da Economia prevê dificuldades para 2023 e 2024. “Serão anos mais complicados. Os investimentos na área social vão continuar, mas a disponibilidade de caixa, que atualmente chega a R$ 11 bilhões, não vai continuar”, disse.
Margem fiscal
Entretanto, a secretária da Economia adiantou que o governo Caiado está com margem fiscal para aguentar seus programas ao longo dos próximos anos. “Ao contrário de outros estados, que correm o risco de não poderem honrar nem com a folha de servidores”, ressaltou.
“É claro que, em quatro anos, não é possível resolver problemas de 20 ou 30 anos. Mas o governo conseguiu entregar um estado em uma situação bem melhor. Estamos com a dívida suspensa em condições muito boas. Minha sugestão é que o Estado permaneça no Regime de Recuperação Fiscal enquanto a União permitir”, frisou.
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