Há cerca de um mês, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não publica nada nas redes sociais. O motivo, segundo pessoas próximas do ex-presidente, é que o filho e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos/RJ) trocou as senhas quando anunciou que estava deixando o gerenciamento da vida digital do pai. Offline, Bolsonaro não conseguiu, por exemplo, mobilizar seguidores para sua ida ao Agrishow.
Aliás, a situação de Carlos Bolsonaro tem se complicado cada vez mais. Como parte da investigação sobre um suposto esquema de “rachadinhas”, o Ministério Público do Rio identificou depósitos de origem desconhecida no valor de R$ 476,8 mil nas contas do vereador e de Ana Cristina Valle, segunda mulher de Jair Bolsonaro e chefe de gabinete do enteado entre 2001 e 2008.
Caso Cid
Outra preocupação do núcleo mais próximo de Jair Bolsonaro é com o seu ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid, que está sendo investigado pela Polícia Federal. Agora foi descoberto um depósito de R$ 400 mil na conta do militar. A transação foi localizada na quebra de sigilo bancário durante a operação que levou à sua prisão, na semana passada, por suspeita de adulteração de documentos de vacinação.
O depósito foi feito em 25 de março de 2022 por João Norberto Ribeiro, tio da mulher do tenente-coronel, Gabriela Cid. A PF identificou que a prática é recorrente e suspeita que Cid transferia recursos de sua conta para outros servidores ligados à Ajudância de Ordem ou à Presidência.