O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,23% em maio, segundo o IBGE. No acumulado em 12 meses, o índice registra alta de 3,94%. No acumulado do ano, a alta é de 2,95%. O resultado veio bem abaixo das projeções do mercado financeiro e também representa uma forte desaceleração de 0,38 ponto percentual em relação a abril.
O presidente Lula (PT) comemorou. Nas redes sociais, disse que a população sentirá o resultado “no dia a dia”. “É a vida melhorando”, escreveu o petista. Já a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, citou a desaceleração da inflação e o PIB, que cresceu 1,9% no 1º trimestre. “Estamos criando as condições para retomada do crescimento da economia”, disse.
Pressão
A desaceleração no IPCA de maio contribui para aumentar as pressões lançadas pelo governo contra o Banco Central (BC), pela redução dos juros. Além disso, reforçou as expectativas também dos economistas de mercado de que a autoridade monetária poderá iniciar um ciclo de corte da Selic no Brasil no segundo semestre. No entanto, alguns fatores ainda precisam ser observados e podem pesar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) durante as próximas reuniões de política monetária.
Mas, especialistas afirmam que o Banco Central está atrasado em relação à necessária correção. A política monetária apertada acabou atingindo o resultado. A inflação que chegou a 12% está agora em 3,94% em 12 meses. Ao avisar em junho que a Selic cai na reunião seguinte, ou seja, agosto, o BC pode anunciar uma queda de meio ponto percentual. Será o início de um ciclo de redução do aperto monetário.
Leia também: Juros do cartão: nem agiota cobra tão caro