Gasolina volta a ser vilã do aumento da inflação em Goiânia

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,16% no mês passado em Goiânia. É a décima maior alta do país, após queda recorde de 0,97% em junho. Os dados divulgados nesta sexta-feira (11/8) são do IBGE. O acumulado no ano chega a 2,22% na capital goiana. É ainda a segunda menor alta do país. Em 12 meses, o índice acumula alta de 3,65%, percentual acentuadamente inferior ao registrado no período anterior (8,98%).

O aumento da inflação em julho na capital goiana foi puxado pelo grupo de transportes (1,50%), que tem o maior peso na cesta de compras das famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos. O destaque foi o aumento de 4,7% nos preços da gasolina em Goiânia. Que, aliás, sofreram novo e maior reajuste nesta semana na capital goiana. Mas isto vai refletir no próximo IPCA.

Os preços do etanol subiram 0,7%, do automóvel novo 3,2% e da passagem aérea, 11,2%. O IBGE chama atenção para a queda nas tarifas do transporte por aplicativo (-19,5%), do seguro voluntário de veículo (-4,3%) e do óleo diesel (-3,3%).

Outro grupo com forte peso no bolso do consumidor é alimentação e bebidas, que caiu 0,7% em julho. O terceiro maior peso mensal é o grupo da habitação (-0,7%). Nele, um dos itens com maior peso é energia elétrica residencial, que caiu 4,35% no mês de julho, acumulando variação negativa de 10,2% de janeiro a julho deste ano. Em contrapartida, houve aumento de 0,6% em aluguel residencial, que acumula variação de 4,2% no primeiro semestre de 2023.

O grupo saúde e cuidados pessoais registrou alta de 0,23% no mês passado. Nele, o destaque é a alta dos planos de saúde, que apresenta 14 aumentos seguidos e já acumula alta de 14,1% em 12 meses.

Construção civil

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 0,09% no mês passado em Goiás. Mesmo com a leve alta em julho, a variação acumulada em 12 meses foi de 3,5%. Mas, o custo do médio da construção civil no Estado continua a ser maior do que a do país: R$ 1.712,24 contra R$ 1.710,37, respectivamente. O custo goiano da construção, por metro quadrado, subiu em julho devido ao aumento dos preços do material de construção, saindo de R$ 1.010,46 para o valor de R$ 1.011,97. Já o custo relativo à mão de obra se manteve estável em R$ 700,27.