O deputado federal Gustavo Gayer (PL) teve mais um revés na Justiça. Desta vez, foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar R$ 80 mil de indenização por danos morais coletivos por assédio eleitoral na campanha de 2022. A sentença foi proferida pelo juiz Celismar Coelho de Figueiredo, da 7ª Vara do Trabalho de Goiânia.

A ação foi movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), baseada em denúncia anônima de que o deputado visitou empresas em Goiás para fazer campanha para o então presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato a reeleição.

O Ministério Público investigou 20 empresas. Apurou, por exemplo, que em 20 de outubro de 2022, apenas dez dias antes do segundo turno das eleições, Gayer visitou uma panificadora em Goiânia para pedir votos a Bolsonaro. O fato foi divulgado pelo próprio deputado nas redes sociais.

O juiz Celismar Coelho até reconheceu o direito do deputado em fazer campanha para Bolsonaro, mas enfatizou que “situação diversa é ingressar em empresas com empregados em horário de labor para tentar convencê-los a votar em seu candidato”. Por conta disto, avaliou que os funcionários foram coagidos a ouvir Gayer.

Recurso

A decisão ainda cabe recurso no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª região. Nas redes sociais, Gayer afirmou ter sido “convidado pelos empresários para explicar o plano de governo dos dois candidatos (Lula e Bolsonaro)” e que a participação dos funcionários não foi obrigatória.

Também criticou a procuradora do Trabalho responsável pela ação civil pública. “É uma daquelas petistas histéricas”, disse. “Vou recorrer, mas se eu tiver que pagar, eu pago, porque eu sei que o que eu fiz foi certo. É muita perseguição”, enfatizou.

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