O prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) perdeu nesta quarta-feira (5/6) o seu principal auxiliar no Paço: Denes Pereira, que pediu demissão do cargo de secretário de Infraestrutura. Motivo: ele foi principal alvo de uma nova operação da Polícia Civil de Goiás que investiga suposto esquema de corrupção na gestão municipal.
Denes também é presidente estadual do Solidariedade, partido que o prefeito filiou em abril para tentar uma reeleição em outubro, depois de ter a sua pré-candidatura não garantida pelo Republicanos. O ex-auxiliar, além de responsável por tocar as principais obras da atual gestão, também era cotado para ocupar uma vice de Rogério Cruz.
A operação da Polícia Civil cumpriu 19 mandados de busca e apreensão. Entre os locais está a sede da Seinfra. A polícia também realizou 8 mandados de busca e apreensão em sedes de empresas, e 10 em casas de sócios, administradores e funcionários de empresas e de funcionários públicos municipais investigados.
Os investigados são suspeitos dos crimes de fraude em licitações e contratos, corrupção ativa, corrupção passiva, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Trata-se da segunda operação da Polícia Civil. A primeira aconteceu em março.
“Conversamos muito sobre o assunto, e foi decidido então, a pedido dele (Denes), afastamento para acompanhar todo o processo junto às autoridades. O outro servidor mencionado também estará sendo afastado das atividades que desempenha”, disse o prefeito.
Contratos e aditivos
A operação apura supostas fraudes em licitações de contratos da Prefeitura. O inquérito apontou um aumento nos valores de contratos e aditivos com as empresas investigadas. Segundo a polícia, o aumento ocorreu após Denes assumir a Seinfra e a Secretaria Municipal de Administração (Semad), responsável pela gestão de contratos com a Prefeitura.
Também foi cumprida a determinação judicial para suspensão de 07 contratos da Prefeitura de Goiânia celebrados com as empresas investigadas, além de mandados judiciais para afastamento dos sigilos bancário e fiscal de todos os alvos da operação. Em comunicado, Rogério Cruz afirmou que o processo não dará direito de impedir qualquer serviço de iluminação que já está em andamento.
“Nós temos um processo de nova licitação de iluminação que já está em fase de conclusão, e que essas duas empresas que ganharam esse novo processo não têm relacionamento com esse processo de inquérito”, disse. Sobre as investigações, o prefeito declarou que a prefeitura colabora com as autoridades e mantém a continuidade dos serviços públicos.
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