O boato nos bastidores políticos é sobre uma possível aliança entre o prefeito Gustavo Mendanha (MDB), de Aparecida de Goiânia, e o deputado Lissauer Vieira (PSB), presidente da Assembleia Legislativa, para formarção de uma chapa ao governo de Goiás nas eleições de 2022. O ENTRELINHAS GOIÁS ouviu aliados de ambos e todos afirmaram que não há nenhuma movimentação neste sentido, mas não descartam a construção de um cenário deste para o ano que vem.
Tanto Gustavo como Lissauer têm projeto de disputar eleição majoritária em 2022. O problema para ambos é que está cada vez mais consolidada a aliança entre o governador Ronaldo Caiado (DEM) e o presidente do MDB de Goiás, o ex-deputado Daniel Vilela. Neste mês o emedebista avançou dez casas rumo a vaga de vice-governador na próxima chapa caiadista. Com isso, é cada vez mais improvável que Gustavo Mendanha dispute a eleição ao governo estadual pelo MDB. Terá de procurar outro partido e grupo ou deixar esse projeto para 2026 (se Daniel não for candidato a governador pelo MDB) ou 2030.
Embora diga que seu projeto é eleição para deputado federal, Lissauer quer mesmo é a vice da chapa de Caiado em 2022. Como esta vaga está cada vez mais nas mãos de Daniel Vilela, lhe sobraria uma das três opções: disputar uma das 17 vagas goianas para a Câmara dos Deputados, partir para uma candidatura ao Senado ou abrir conversas com outro grupo político. Hoje, esta última alternativa é a menos provável. Mas, como o próprio Lissauer Vieira diz, um ano é muito tempo na política.
Ele tem razão. Em agosto de 2020, sequer era cogitada uma aliança entre Ronaldo Caiado e Daniel Vilela, que foram adversários na eleição de 2018. Pelo contrário. O governador chegou a atuar para derrotar o MDB dos Vilela nas eleições municipais de Goiânia e de Aparecida de Goiânia. Mas, de lá para cá, o cenário político goiano mudou. Muito.