Duas realidades bem diferentes atualmente na economia goiana: a agricultura deve bater novo recorde de produção nesta próxima safra agrícola. Já o setor da indústria amarga pelo terceiro mês consecutivo queda de produção e, no acumulado dos últimos 12 meses, se mostra estagnada. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (13/6) pelo IBGE.
Impulsionada pela soja e pelo milho, a safra agrícola de Goiás em 2023 deve registrar produção recorde de 29,5 milhões de toneladas, a maior já estimada para o Estado. Em maio de 2023, o IBGE estimou que a área plantada em Goiás foi de 6,78 milhões de hectares, a maior área prevista da série histórica.
Em maio, o IBGE estimou que a área plantada de soja em Goiás foi de 4,2 milhões de hectares, 5,1% superior à safra 2022, com uma produção de 15,4 milhões de toneladas, aumento de 2,4% e novo recorde na série histórica goiana.
Apesar disto, Goiás permanece como o quarto maior produtor de grãos do país, com participação de 9,6%. Atrás do Mato Grosso (31,1%), Paraná (15,3%) e quase empatado com o Rio Grande do Sul (9,7%).
Indústria
Já a produção industrial de Goiás caiu 1,5% em abril em relação a março de 2023, a terceira queda seguida. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior ocorreu retração de 1,3%. Assim, o acumulado mantém-se negativo, sendo de -1,5% no ano e de -2,2% em 12 meses.
O resultado negativo em abril foi puxado pela queda de 16,8% na fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, principalmente etanol. E também contribuiu o forte recuo de 76,9% na fabricação de artigos do vestuário e acessórios, principalmente na produção de camisetas, calças e camisas.
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