A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) publicou nota na noite desta terça-feira (8/11) contra a proposta do governador Ronaldo Caiado (UB) de criar uma nova contribuição sobre produtos agropecuários no Estado. O objetivo do governo é levantar R$ 1 bilhão por ano para investimentos em infraestrutura no Estado (saiba mais aqui).
“Na atribuição de entidade representativa do setor rural, vem por meio desta nota se posicionar contra a proposta de criação de um imposto para o setor, formulada pelo governo de Goiás. A Faeg se coloca contra a criação de qualquer tipo de taxação do setor e afirma que não fez, e nem fará parte da comissão de análise deste projeto”, define a entidade em texto assinado pelo presidente e deputado federal, José Mário Schreiner (União Brasil).
O governo havia anunciado que a Faeg faria parte da comissão, composta por integrantes do Estado e do setor produtivo, que vai elaborar a minuta do projeto de lei a ser encaminhado para a Assembleia Legislativa. Vale frisar que o presidente da entidade participou do encontro na segunda-feira (7/11) entre Ronaldo Caiado e diversas lideranças do agronegócio goiano.
Argumentos da Faeg
“A realidade do campo requer cautela. Os custos de produção têm se elevado cada vez mais e os produtores dos diversos segmentos da agricultura e pecuária têm lutado para não operar no prejuízo. Com isso, uma taxação a mais poderia inviabilizar o setor agropecuário, gerando índices de desemprego e freando o desenvolvimento tão necessário para a sociedade, o Estado e o país”, frisa Schreiner na nota.
“Sabemos da necessidade de se investir em infraestrutura no Estado. E que é importante não só para os produtores quanto para todos os setores em geral. No entanto, não é momento de se pensar em mais custos. É preciso pensar em mais estímulos para produção”, conclui o presidente da Faeg.
A proposta do governador de criação do fundo será apresentada aos deputados estaduais durante reunião nesta quarta-feira (9/11). A informação foi confirmada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, que tem ligação com o agronegócio. “Nós ainda não conversamos com o governador sobre essa proposta. Teremos uma reunião para tratar disso”, disse.