A má alimentação com alimentos ultraprocessados leva a R$ 933,5 milhões por ano em gastos diretos com saúde. Mas um total de R$ 10,4 bilhões se considerados custos indiretos e de mortes prematuras. Em relação ao consumo de bebidas alcoólicas, o custo chega a R$ 18,8 bilhões por ano.
Segundo pesquisas da Fiocruz, em parceria com as organizações não governamentais ACT Promoção da Saúde e Vital Strategies. A partir de dados de atendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As estimativas não incluem dados de atendimentos na rede suplementar de saúde (planos de saúde e clínicas particulares fora do SUS). Nem atendimentos que não tenham esses agentes como principal causa relacionada.
Mortes
Os estudos indicam a necessidade de combinação de estratégias para diminuir o impacto. Indicam ainda que as doenças relacionadas ao consumo de ultraprocessados e álcool causam, respectivamente, impacto de 57 mil e de 105 mil mortes por ano
“Vale lembrar que essas estimativas são conservadoras, visto que se limitam ao impacto na população empregada adulta, maior de 20 anos, e não incluem outros custos de prevenção, atenção primária, saúde suplementar ou gastos particulares no tratamento das doenças causadas pelo consumo de ultraprocessados”, afirmou Eduardo Nilson, pesquisador da Fiocruz, responsável pelos estudos.
O estudo apontou ainda a diminuição potencial de riscos associados com grande difusão na sociedade, como o impacto do álcool na violência doméstica e na gravidade de acidentes de trânsito.