Os diques em Goiânia para segurar a força das águas em períodos de fortes chuvas, como agora, foram construídos de forma paliativa. Segundo informação do gerente de políticas e pesquisa ambiental da Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia (Amma), Pedro Baima.
Ele participou nesta segunda-feira (9/12) de audiência na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) sobre a implantação do Parque Metropolitano de Goiânia. Trata-se de um amplo programa urbanístico com foco na despoluição hídrica da capital.
“Não pode haver ocupação, em nenhuma hipótese, na área de preservação de um rio como o Meia Ponte. Pois a sua cota de inundação varia de local para local, sobretudo pelo relevo. É importante ressaltar que os diques que a Prefeitura fez são cuidados paliativos, não são definitivos. É uma bomba relógio”, enfatizou Baima.
“Estamos vivendo um momento de mudanças climáticas. A cada ano que passa, com essas áreas duramente castigadas, os diques vão se tornar grandes armadilhas”, disse.
O gerente da Amma enfatizou a importância de realocar famílias que vivem às margens ou próximas de rios e córregos em Goiânia, “de modo a garantir sua sobrevivência e oferecer condições dignas e salubres de moradia”.
Meia Ponte
Ao apresentar o projeto, a arquiteta Carina Tomazett ressaltou que o Parque Metropolitano de Goiânia é um mosaico de 15 parques ao longo do curso do rio Meia Ponte e que atuará como uma solução baseada na natureza.
A ideia, segundo a arquiteta, é auxiliar no controle de alagamentos urbanos ao promover a drenagem sustentável por meio de solos permeáveis, vegetação adaptada e áreas de retenção, diminuindo o impacto das enchentes.
“A intenção do projeto é transformar essas áreas de alagamentos em parques sustentáveis. Por mais que seja um projeto grandioso, ele já existe em outros lugares. Se unirmos a iniciativa privada, o setor público e a sociedade civil, conseguiremos realizar”, frisou.
A equipe de transição do prefeito eleito Sandro Mabel (UB) já recebeu o projeto.