A Americanas entregou lista de 7.967 credores com débitos no valor de R$ 41,2 bilhões. Além de bancos, têm empresas de tecnologia, fabricantes de eletrônicos e indústrias de alimentos. Os bancos buscam caracterizar na Justiça “rombo” como fraude e, caso a Americanas não possa pagar, o objetivo é usar o patrimônio dos sócios de referência para quitar o calote.
O maior credor da empresa é o Deustche Bank, que informou não ter exposição direta de crédito à varejista brasileira, com um saldo de US$ 1 bilhão (R$ 5,2 bilhões). Depois vem o Bradesco e o Santander Brasil.
Já o banco BTG obteve liminar no STJ que suspende a devolução de R$ 1,2 bilhão para a Americanas. O valor deve continuar nas contas do BTG até que o relator responsável avalie de quem é a competência para analisar o caso.
Fornecedores
Enquanto isso, fornecedores da Americanas pedem devolução de estoque e recorrem a seguradoras para cobrir dívida. Somente para as fabricantes de bala e chocolate ficou uma conta em aberto de cerca de R$ 400 milhões. E as empresas que ainda não receberam pelo Black Friday e Natal decidiram, na semana passada, suspender novas remessas.
Nos Estados Unidos, a Americanas apresentou nesta quarta-feira (25) pedido para que os efeitos protetivos da recuperação judicial no Brasil sejam estendidos em processo conhecido como “Chapter 15”. A varejista divulgou que a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, reduziu sua participação na empresa para cerca de 0,12% das ações, mais 0,36% via instrumentos de derivativos. Em dezembro, segundo dados no site da Americanas, essa fatia estava ao redor de 5,05%.
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