O prefeito Márcio Corrêa (PL) pode ser investigado por envolvimento com grupo suspeito de crimes digitais. Isto, se o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) acatar o pedido da promotora Adriana Marques Thiago, da 18ª Promotoria de Justiça de Anápolis.
A solicitação foi acolhida pela juíza Marcella Caetano da Costa, da 5ª Vara Criminal de Anápolis, que determinou o envio do processo ao TJGO após manifestação favorável do Ministério Público.
O caso é desdobramento da Operação Máscara Digital, conduzida pelo Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC), da Polícia Civil de Goiás. Investiga os crimes de difamação, injúria, perseguição (stalking), falsa identidade e associação criminosa.
Investigados
Os investigados são Luís Gustavo Souza Rocha (ex-secretário de Comunicação da Prefeitura de Anápolis), e os jornalistas Denilson da Silva Boaventura e Ellysama Aires Lopes de Almeida. Eles teriam atuado, segundo o MP, em um grupo estruturado para ataques virtuais e disseminação de conteúdos ofensivos em redes sociais.
A promotora Adriana Marques apontou indícios da participação direta do prefeito, por meio de um grupo de WhatsApp denominado “Café com Pimenta”, do qual participavam os investigados e o próprio chefe do Executivo municipal.
Segundo os autos, há mensagens atribuídas a Márcio Corrêa com conteúdos que, de acordo com o MP, sugerem instigação ou direcionamento de publicações ofensivas em perfis anônimos como “@anapolisnaroda2” e “@anapolisnaroda3”.
A operação já havia cumprido mandados de busca e apreensão em maio contra os investigados, com a coleta de provas, incluindo mensagens e conteúdos armazenados em celulares.
A investigação agora depende da deliberação do TJGO e do Ministério Público estadual para definir os próximos passos em relação ao chefe do Executivo municipal.