O primeiro trem da Ferrovia Norte-Sul chegou na semana passada em Anápolis (GO). A viagem de 1.511 quilômetros iniciada em Cubatão (SP), na malha paulista, durou três dias. O trajeto marca a retomada de um projeto iniciado há 40 anos e que, neste ano, teve a sua estrutura 100% concluída. No primeiro trem, 58 vagões da Brado puxados por locomotivas da Rumo trouxeram 112 contêineres de 40 pés. Sendo 32 deles carregados com insumos para a indústria e defensivos agrícolas vindos da China, Estados Unidos e Europa.
Os demais 80 contêineres seguiram vazios, encaminhados aos clientes de exportação – fluxo Anápolis-Santos. E também para formar um buffer (depósito) no Porto Seco Centro-Oeste (PSCO). O buffer é importante para assegurar ativos para as próximas operações. A primeira viagem de retorno levará pluma de algodão da safra que se inicia na Bahia ao Porto de Santos para exportação.
A partir do PSCO, a ferrovia vai atender os mercados de exportação de algodão, mineração, siderurgia e alimentos. Incluindo açúcar, farelo de soja e grãos em contêineres, além de proteínas bovinas por meio das operações com contêineres refrigerados. Atualmente, estes mercados já movimentam cerca de 45 mil contêineres ao ano e mais de 65% têm como destino o Porto de Santos.
Na rota oposta, vai captar os mercados de importação de insumos que abastecem as indústrias e o agronegócio do estado goiano. Além dos bens de consumo distribuídos para as populações de Goiás, Distrito Federal, sul do Tocantins e Minas Gerais. Entre as importações destacam-se os segmentos de agroquímicos, peças de máquinas, peças automotivas, equipamentos e plásticos. Estes mercados movimentam mais de 16,5 mil contêineres ao ano.
A Ferrovia Norte-Sul tem extensão total de 1.527 quilômetros, entre Estrela D´Oeste (SP) e Porto Nacional (TO). Passa por 4 das 5 regiões do Brasil (Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Nordeste – este último, em trecho sob concessão da VLI).
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