Os vereadores de Goiânia desistiram de enfrentar por agora o desgaste da criação de mais quatro vagas na Câmara de Goiânia, o que elevaria para 39 o número de vereadores na capital a partir de 2025, e encerraram o ano legislativo sem votar o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município. A decisão de retirar a matéria da pauta, como toda sua tramitação, foi marcada por controvérsias.
A pedido da imprensa, a Mesa Diretora determinou a conferência das rubricas dos vereadores favoráveis à apresentação do projeto. Contudo, a Diretoria Legislativa da Casa conseguiu confirmar somente 8 das 13 assinaturas. As demais não puderam ser conferidas sequer se são mesmo de vereadores ou de alguma outra pessoa. Elas não tinham semelhança com as rubricas dos membros da Casa registradas em outros documentos e nenhum vereador além dos oito confirmados apareceu para assumir seu endosso ao documento.
O vice-presidente da Câmara, Clécio Alves (MDB) chegou a suspender a sessão e convocar sua continuidade para votar as novas vagas na tarde de hoje, mas o presidente Romário Policarpo (Patriota) encerrou os trabalhos, marcando nova sessão para fevereiro. Clécio foi um dos articuladores da apresentação do projeto e quem correu atrás de boa parte das assinaturas, mas, depois de sofrer desgastes, votou ontem contra ele na Comissão Mista (onde ainda assim foi aprovado).
Em entrevista à imprensa, Romário Policarpo disse que o projeto foi apresentado de forma “muito atropelada” e que ainda precisava de ser melhor debatido internamente e com a sociedade. Ser fosse aprovado, o aumento das cadeiras na Câmara geraria aos cofres públicos um impacto de pelo menos R$ 12 milhões ao ano, com salários dos vereadores e estrutura de gabinete.