As denúncias de assédio eleitoral por parte de patrões cresceram mais de 2.500% no segundo turno no Brasil. E motivaram investigações do Ministério Público do Trabalho (MPT). Minas Gerais lidera o ranking do assédio, com 449 denúncias. “Estamos retrocedendo e vendo o coronelismo”, disse a promotora Ana Laura Lunardelli, para quem “o absurdo está sendo normalizado”.
Em Minas Gerais, a Justiça do Trabalho determinou que os frigoríficos Serradão e Frigobet, de Betim, divulguem comunicado informando funcionários de que eles têm o direito de escolher seus candidatos. A multa por desacato pode chegar a R$ 1 milhão. A empresa obrigou sua equipe a usar as cores e o número de Jair Bolsonaro (PL) e prometeu um pernil a quem votasse nele.
Em Goiás, uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho proibiu o deputado federal eleito Gustavo Gayer (PL) de utilizar qualquer comércio ou indústria, dentro do horário de expediente, para promover atividades político-partidárias em Goiânia. O documento também proibiu a Della Panificadora, um dos locais usados por ele, de ceder o espaço para fazer reuniões políticas e obrigar os funcionários a participarem.