Cerca de 11,3 mil empresas ou organizações atuavam em atividades culturais em Goiás em 2021, o que corresponde a um aumento de 17,5% em comparação a 2011. Também corresponde a 5,2% do total de empresas formais no Estado (contra 5,7% em 2011). Convém lembrar que o setor foi um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19, com restrições de suas atividades em 2020 e 2021.
Essas empresas e organizações empregavam 35,6 mil pessoas assalariadas em dezembro de 2021, com salário médio mensal de R$ 2.149. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30/11) pelo IBGE. Já no ano passado, o setor cultural goiano representou 172 mil ocupados (4,8% do total no mercado de trabalho goiano). Em relação a 2014, houve queda de 8,5%.
Em uma década, livro e imprensa foi o domínio no setor cultural cujo número de empresas mais caiu no Estado, de 2.128 (2011) para 1.457 (2021), uma redução de 671 (-31,5%). O segmento de esporte e recreação perdeu 139 unidades, queda de 37%. Por outro lado, o segmento de design e serviços criativos ganhou 1.647 empresas, para o total de 2.591 (aumento de 174,5%), na comparação entre 2021 e 2011.
Ao detalhar o setor por características das pessoas ocupadas em Goiás, tem-se que a maior parte é constituída pelo setor informal (50,1%), homens (54,5%), pessoas de cor preta ou parda (62,2%), com idade de 30 a 49 anos (40,9%) e ensino médio completo ou superior incompleto (49,8%).
Governo
Outro quesito investigado pela pesquisa do IBGE foi acerca da despesa com cultura do governo de Goiás. Em 2022, o Estado despendeu R$ 44,6 milhões, o que representou 1% do total gasto no país. Esse percentual, que já alcançou 2,6% em 2020, é um dos mais baixos da série histórica.
Os valores captados por produtores culturais goianos via incentivo fiscal no período de 2012 a 2022 mostram que, em 2012, foi captado total de R$ 7,8 milhões para promoção de projetos culturais em Goiás. Em 2022, o valor captado somou R$ 17,5 milhões, aumento de 123,2%. Contudo, na comparação com 2021, houve queda de 4,5%.