O governador Ronaldo Caiado (DEM) sancionou o projeto de lei, aprovado pela Assembleia Legislativa, que torna dispensáveis as portas giratórias em agências bancárias no Estado. Mas, desde que as agências não façam atendimento presencial, não possuam cofres e seus funcionários não façam movimentação interna de dinheiro e que também tenham a autorização da Polícia Federal. Geralmente, são as áreas das agências bancárias ou postos de atendimento onde ficam apenas os caixas eletrônicos. Convém lembrar que cada vez existem menos agências bancárias para atendimento presencial em Goiás e no Brasil.
“O projeto moderniza a lei estadual de 1998 para possibilitar maior segurança tanto para os cidadãos, usuários diários dos serviços financeiros, quanto para os funcionários de agências bancárias. As conhecidas portas giratórias atualmente se mostram praticamente obsoletas, incapazes que são de inibir ou deter qualquer ação criminosa, não sendo o artefato de segurança mais eficaz em uma agência bancária. O que busca a nova lei é permitir que, em determinadas situações, a porta giratória seja dispensada, com a manutenção e o emprego de outros dispositivos de segurança”, justificou o presidente da Assembleia, Lissauer Vieira (PSB), autor da proposta.
Para haver dispensa de uso de porta giratória, a lei exige a aprovação de um plano de segurança e aval da Polícia Federal. O deputado afirmou que lei semelhante já está em vigor em 15 estados brasileiros e que nas cerca de 400 agências sem as portas giratórias não houve registro de furto ou assalto. Também enfatiza que existem equipamentos de segurança mas modernos e que as agências devem ter vigilantes armados.
Mas a medida é criticada por bancários e vigilantes ouvidos pela ENTRELINHAS que trabalham nas agências. Eles acreditam que isto atende apenas o interesse dos bancos e transfere para os clientes e bancários a responsabilidade da segurança no ambiente interno de uma agência bancária. Argumentam que as portas giratórias ajudam a inibir assaltos porque detectam metal e que a retirada delas vai gerar apenas economia para os bancos. Por fim, argumentam que todas as agências realizam transações financeiras como depósitos, retiradas, transferências e pagamentos, mesmo que tenham apenas em caixas eletrônicos, e são alvos de quadrilhas especializadas.