A base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) fará pausa na pré-campanha eleitoral em Goiás. O motivo é o luto que o governador e sua família passam no momento pela morte de Ronaldo Caiado Filho no último domingo (03/7). A expectativa dos aliados é que as atividades sejam retomadas somente na próxima semana. E gradualmente. Não há perspectiva para a retomada dos encontros regionais, por exemplo.
Amigos e auxiliares mais próximos de Ronaldo Caiado afirmaram ao ENTRELINHAS GOIÁS que o governador continua muito abalado pela morte do seu filho. Entretanto, lembram que a personalidade forte de Caiado e o apoio de sua família serão fundamentais para o seu retorno às atividades políticas e no governo.
O governador dedicou as últimas semanas para uma intensa agenda de entrega e lançamento de obras públicas no Estado. Esta agenda administrativa, mas com forte apelo eleitoral, foi concluída no sábado passado, último dia permitido pela Justiça Eleitoral.
A expectativa de aliados é que o governador, assim que possível, retome sua agenda política tendo como prioridade resolver um importante imbróglio na sua base: definição de candidatura ou candidaturas ao Senado.
Pressão do PSD
O PSD faz forte pressão por uma definição. Tendo como pré-candidato a senador o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira, o partido intensificou nas últimas duas semanas as cobranças para estar na chapa majoritária de Caiado. Inclusive, de forma velada, reabrindo diálogo com pré-candidatos a governador pela oposição, especialmente com Gustavo Mendanha (Patriota).
As cobranças do PSD se intensificaram no sábado passado e, por pouco, não causaram um rompimento com o governador. Muitos caiadistas chegaram a afirmar nos bastidores que Lissauer Vieira estaria praticamente fora da chapa por conta de algumas declarações e movimentos na semana passada.
Entretanto, todos os aliados do governador têm respeitado o luto e a dor que passa no momento pela perda do filho. Avaliam também que este tempo poderá ser suficiente para colocar água na fervura na base governista. A decisão sobre a(s) candidatura(s) ao Senado deve ficar para o final do mês, afirmam fontes governistas.