O Banco Central divulgou a ata do Copom referente à reunião da semana passada, quando elevou a taxa Selic de 13,25% para 14,25% ao ano, maior patamar desde outubro de 2016. O documento reforça que o colegiado sinalizou um novo aumento de juros na próxima reunião, ainda que de magnitude menor.
A decisão foi motivada principalmente pela deterioração das expectativas inflacionárias, que se distanciaram da meta de 3%, especialmente em prazos mais longos. O BC enfatizou que esse cenário exige “uma restrição monetária maior e por mais tempo”.
Embora tenha reconhecido sinais de “incipiente moderação do crescimento” econômico – como o PIB do quarto trimestre (0,2%) abaixo das expectativas e a primeira queda no consumo das famílias após 13 altas consecutivas –, o Copom recomendou “parcimônia” na interpretação desses dados.
Tamanho da alta
Pelo comunicado, parecia que o Copom iria seguir o mesmo roteiro de maio de 2022, quando também indicou para a reunião seguinte um movimento de menor magnitude.
Mas, segundo especialistas, a ata do Copom traz mais uma informação importante, ao dizer que, ‘diante da elevada incerteza, optou-se por indicar apenas a direção do próximo movimento’.
Portanto, especialistas afirmam que parece uma sinalização de nova alta de 0,5 ponto na Taxa Selic. Contudo, dado o cenário que não é bom, frisam que seria prudente avaliar com mais cuidado a hipótese de uma alta de 0,75 ponto.