O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central não surpreendeu. Conforme sinalizado na reunião de agosto e como previam os analistas, anunciou nesta quarta-feira (20/9) — em decisão unânime – nova redução de meio ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), que passou de 13,25% para 12,75% ao ano, menor patamar desde maio de 2022.
Segundo o comitê, o corte é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025”.
O Copom avalia que a conjuntura atual demanda “serenidade e moderação na condução da política monetária”, até que se consolide o processo de desinflação, que tende a ser mais lento, e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.
O colegiado sinalizou — também unanimemente — que pode fazer novas reduções de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Já a magnitude total do corte “dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo”.
Quanto ao cenário fiscal, o Copom destaca que a execução o cumprimento das metas pode contribuir para o processo de ancoragem das expectativas da inflação e para a condução da política monetária.
Nos EUA
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve a taxa de juros em entre 5,25% e 5,50%, confirmando a expectativa dos analistas. E sinalizou que as taxas deverão ficar mais altas por mais tempo e que pode haver uma nova alta neste ano, mas sem indicar de quanto.
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