Com o poder ameaçado pela adesão do Republicanos ao bloco com 142 deputados de MDB, PSD, Podemos e PSC, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reagiu e formalizou ontem um bloco maior ainda, com 173 parlamentares. O “superbloco” é uma colcha de retalhos ideológica que vai da direita do Centrão (PP e União Brasil) à esquerda governista (PSB e PDT), tendo ainda Solidariedade, Avante, Patriota e a federação PSDB-Cidadania.
Por ser o maior na Casa, terá prioridade para indicação de participações em comissões, inclusive mistas. Quem sai perdendo com a formação dos blocos são os dois partidos que mais elegeram deputados no ano passado: PL, com 99, e PT, com 81, incluindo os da federação com PCdoB e PV.
Vies governista
Embora inclua o principal partido da base de Jair Bolsonaro, o PP, o novo bloco nasce com vocação governista. Seu primeiro líder será Felipe Carreras (PSB-PE), que será substituído no segundo semestre por André Figueiredo (PDT-CE). O anúncio foi feito pelo líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), para quem o superbloco não quer criar “qualquer tipo de celeuma” com o governo.