A exemplo da FDA americana, a Anvisa ampliou de três meses para quatro meses e meio o prazo de validade das vacinas da Janssen, desde que armazenadas entre -2ºC e -8ºC. Isso evitará que três milhões de doses a serem recebidas pelo Brasil tenham de ser aplicadas de afogadilho, já que a validade original terminaria no dia 27. A ampliação do prazo veio em boa hora, já que a Janssen adiou o envio das doses, previsto para hoje.
O Ministério da Saúde disse esperar o carregamento, dividido em três lotes, ainda esta semana, mas não há prazo oficial. Já o Instituto Butantan, que retomou a entrega de vacinas na última sexta-feira, liberou ontem mais um milhão de doses da CoronaVac para o Programa Nacional de Imunização (PNI). Até o fim do mês, a previsão é entregar mais cinco milhões de doses.
Outra boa notícia é que dois estudos independentes no Reino Unido indicam que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca são eficazes contra a temida variante delta do Sars-Cov-2. Identificada primeiro na Índia, a delta, já dominante entre os britânicos, é 60% mais contagiosa que alfa, o coronavírus original.
Aliás…
Após passar 2020 ignorando as ofertas de vacinas da Pfizer, o presidente Jair Bolsonaro participou ontem de uma reunião virtual com o presidente da farmacêutica para a América Latina, Carlos Murillo. O objetivo foi tentar “antecipar ao máximo as doses contratadas”. A Pfizer tem compromisso de entregar 100 milhões de doses até setembro. Mas o governo, agora, quer que elas cheguem antes.