Com o ministro Paulo Guedes (Economia), envolvido no escândalo Pandora Papers, que revelou a existência de uma offshore no nome de Guedes em um paraíso fiscal, bolsonaristas passaram a agir nas redes sociais para ressuscitar o caso da offshore do ex-ministro Henrique Meirelles no Caribe, revelado em 2017, quando ele ocupava a mesma função que Guedes ocupa hoje. Os casos, no entanto, têm diferenças.
Meirelles declarou no Imposto de Renda que era um dos acionistas do fundo em um paraíso fiscal, criado para gerir parte da sua herança. A existência da offshore também era de conhecimento do Banco Central. Paulo Guedes ainda não comprovou que declarou no IR sua offshore nas Ilhas Virgens Britânicas e ganhou alguns milhões de dólares com decisões referentes à política cambial brasileira. Não há, no entanto, nenhuma evidência de que Guedes agiu como ministro com o objetivo de se beneficiar.
Desde que voltou a atuar politicamente, após se filiar ao PSD no semestre passado, Meirelles tem feito críticas à condução da economia pelo governo federal. O ex-ministro é pré-candidato ao Senado por Goiás e a perspectiva é de que não suba no palanque de Bolsonaro no Estado.