O grupo goiano de Jair Bolsonaro (sem partido) busca alternativas para a disputa ao governo estadual no próximo ano. Ou seja: garantir um palanque para o presidente. Os dois principais nomes até o momento, o governador Ronaldo Caiado (DEM) e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), não agradam a base bolsonarista, segundo informação da Sagres.
O deputado federal Major Vitor Hugo (PSL) avalia que o apoio a Caiado ficou mais difícil, pelo fato de ele ter feito novas críticas ao presidente nesta semana no programa Conversa com Bial da TV Globo, direcionadas a forma como o país está sendo conduzido. Por outro lado, um apoio a Mendanha também é difícil pelo fato dele ter na sua base de apoio partidos de esquerda. Vitor Hugo se diz à disposição para se candidato a governador, caso não haja outra alternativa.
O fato é que nem Caiado e nem Gustavo querem trazer a disputa nacional para as suas campanhas. Preferem ficar livres e soltos para promover alianças com diferentes grupos políticos em Goiás da direita, do centro e da esquerda (no caso do prefeito). Além disso, embora Bolsonaro continua forte no eleitorado goiano, segundo pesquisas mais recentes, o presidente não desfruta mais da sua mesma popularidade de 2018. Portanto, é uma incógnita para 2022.
Mas, há outro complicador: Jair Bolsonaro deve filiar ainda neste mês (previsto para o dia 22) no PL, que em Goiás é comandado pela deputada federal Magda Mofatto, que por sua vez já está em plena campanha para uma candidatura a governador de Gustavo Mendanha. Nada, claro, impede a parlamentar de apoiar outro nome para o governo de Goiás que garanta palanque a Bolsonaro. Mas, desde que tenha alguma competitividade para também garantir os interesses eleitorais do PL em Goiás.
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