Completamos nesta segunda-feira (17/01) um ano exato do início da imunização contra a Covid-19 no Brasil, com a primeira dose (da CoronaVac produzida pelo governo paulista) aplicada em São Paulo. Vale lembrar que isto reduziu consideravelmente o número de mortes pela doença no País desde setembro do ano passado e tem sido crucial para evitar, até o momento, nova onda de óbitos com a variante ômicron. Desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020, o Brasil registra 23 milhões de infectados e 621 mil mortes por causa da doença e suas complicações.
O País poderia ter iniciado antes a vacinação, não fosse a resistência no começo do governo de Jair Bolsonaro de comprar as vacinas de laboratórios estrangeiros, como da Pfizer, além também da alta demanda mundial pelas doses disponíveis. Pelo menos 49 países já haviam iniciado a vacinação de suas populações. O Brasil demorou ainda longos quatro meses para chegar a 10% da população com a primeira dose, em abril, mas a partir de junho a imunização pegou ritmo maior e em agosto a metade da população brasileira havia recebido alguma dose. Em novembro, 50% tinham completado o primeiro ciclo vacinal (duas doses ou dose única).
Entretanto, apenas 68,6% dos brasileiros foram completamente imunizados (sem considerar a dose de reforço) até a semana passada. Ocupa o 54º lugar no ranking mundial do Our World in Data de países com maiores percentuais de população com duas doses ou dose única. Mas está na frente de Israel e Estados Unidos, por exemplo.
O problema está também na disparidade da vacinação entre os 26 Estados e o Distrito Federal. Somente oito Estados e o DF estão com a imunização completa (duas doses ou dose única). Alguns estão muito abaixo da média nacional, como são os casos do Amapá (39,5%) e Roraima (41,2%), segundo levantamento do portal Coronavirusbra1. Em Goiás, a vacinação completa atingiu até agora apenas 62,9% da população, colocando o Estado na 15ª posição nacional.