Pelo Brasil, as Forças Armadas da Venezuela não passam. A afirmação é do ministro da Defesa, José Múcio, que também considera as ameaças de invasão da Guiana feitas pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, uma “manobra política”.
Desde que um referendo reconheceu Essequibo como pertencente à Venezuela, Maduro ameaça o país vizinho. Devido às condições geográficas, o Exército venezuelano teria de passar por Roraima para entrar na Guiana.
Múcio descarta essa possibilidade: “Eles chegarão à Guiana passando — se passassem — por território brasileiro, o que nós não vamos permitir em hipótese nenhuma”. “Ele [Maduro] tem 127 mil homens, a Guiana tem 3.700. O embate não acontecerá — e o Brasil não vai se envolver em hipótese nenhuma, o presidente está com consciência disso.”
EUA
O governo americano fez chegar ao Palácio do Planalto sua preocupação com o aumento da tensão e um possível conflito armado. Nesta quinta-feira (14/12), uma reunião entre Maduro e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, ocorrerá em São Vicente e Granadinas. Com a presença do assessor especial da Presidência brasileira, Celso Amorim (o presidente Lula não comparecerá mais).
A Casa Branca quer enviar os seguintes recados: para a Guiana, o mais importante é a busca pela paz; para a Venezuela, qualquer sinal de ofensiva terá consequências, como uma reviravolta no alívio das sanções econômicas. Maduro confirmou sua presença no encontro, mas reafirmou o direito sobre Essequibo.
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