O governador Ronaldo Caiado (DEM) publicou decreto hoje no Diário Oficial do Estado mudando o nome de 4 hospitais da rede estadual em Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade e Santa Helena de Goiás. Passaram a se chamar, respectivamente, Heana, Heapa, Hetrin e Herso. Na prática, o governo trocou a letra “u” de urgências que havia nos nomes pela letra “e” de estadual.
O governo justificou que a mudança se dá pelo perfil dos hospitais, que não estão limitados a atendimentos de urgência, mas também realizam cirurgias eletivas. Afirma que o decreto também reorganiza o atendimento nas unidades para atender às necessidades da população.
“Essa necessidade de reorganização não se limita somente à mudança de nome, pois várias unidades foram estadualizadas e inauguradas pelo governador Ronaldo Caiado, sendo acrescentados como hospitais do estado”, disse o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino. Os nomes do Hugo e do Hugol, em Goiânia, foram mantidos.
Não tardou para lideranças do PSDB goiano criticarem, mais uma vez, o governador Caiado por mudanças de nomes para, segundo eles, apagar o legado dos governos tucanos em Goiás.
“Não tem jeito Caiado. A única mudança que seu governo fez foi mudar os nomes de programas, hospitais, clínicas, projetos e outras obras importantes que criamos em nossos governos. É isso que dá mentir e prometer demais na campanha só para atrair votos. Até agora, sua única obra visível foi instituir para valer a corrupção em nosso Estado. Modificar nomes dos órgãos e hospitais que nós criamos, construímos e colocamos para funcionar, e hoje estão entre os melhores do país, não é governar, é tapear!”, postou nas redes sociais o ex-governador Marconi Perillo (PSDB).
A deputada estadual Lêda Borges (PSDB) também criticou o governador. “Hoje fui surpreendida com a mudança de nome de quatro hospitais. Não compreendo essa tentativa de destruir o trabalho do Marconi. Construa, governador! O seu mandato está acabando e o senhor não fez um hospital sequer. Trabalhe!”, cobrou. A tucana ainda comentou sobre a falta de gestão dos recursos para o enfrentamento da Covid-19. Segundo ela, quase R$ 10 bilhões foram destinados a Goiás. “Ouço dizer que abriu UTI para lá e para cá. Isso foi obrigação. Os recursos chegaram para isso, mas não foi construído nem um novo hospital. A única coisa que estão fazendo é a mudança de nomes de hospitais”, disse.