O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) pretende federalizar o aeroporto de cargas de Anápolis, além de mais 12 em outros municípios goianos. Para isto, ele teve reunião nesta quarta-feira (17/5) com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e com ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, em Brasília. O ENTRELINHAS GOIÁS apurou que técnicos da Infraero já estiveram no aeroporto de cargas em Anápolis para os primeiros levantamentos sobre custos e necessidade de investimentos para a sua conclusão. Segundo fontes no governo de Goiás, eles saíram otimistas quanto ao seu potencial econômico e também por ser estratégico para a região central do País.
A obra do aeroporto de cargas foi iniciada ainda em 2010, no então terceiro governo de Marconi Perillo (PSDB), e consumiu cerca de R$ 300 milhões em recursos do Tesouro estadual. Mas nunca foi concluído e a obra foi praticamente abandonada desde 2019, quando Ronaldo Caiado chegou ao Palácio das Esmeraldas. Em 2020, o então ministro Tarcísio de Freitas chegou a anunciar em Anápolis que o terminal seria federalizado e concluído. Mas não passou disso. A estimativa na época é que ainda seria necessário investir mais R$ 250 milhões para que o aeroporto entre em operação.
Caiado também apresentou ao ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, a necessidade de federalizar outros 12 aeroportos goianos. Além de Anápolis, o governador incluiu os aeroportos nas cidades de Mineiros, Caiapônia, Iporá, Aragarças, Quirinópolis, Santa Helena, Palmeiras de Goiás, Pirenópolis, Morrinhos, Ipameri, Catalão e Cristalina. O objetivo é atrair investimentos privados. “Ao se federalizar, transferir esses aeroportos para a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), teremos toda uma estrutura e alternativas também de vias regionais aéreas, ampliando volume de pessoas, de investimentos, e de empresários nas regiões”, disse.
Entorno
Outra pauta do governador em Brasília foi sobre os aumentos das tarifas no transporte coletivo da Região do Entorno do Distrito Federal. A proposta é criar um novo modelo de gestão compartilhada do sistema, com passagens parcialmente subsidiadas pelos governos federal, do Distrito Federal e de Goiás. Caiado também defendeu a criação do BRT que ligaria Santa Maria, no Distrito Federal, à Luziânia, em Goiás.
“Viemos reforçar a necessidade de começarmos o mais rápido possível essa obra, porque ela tem penalizado demais as pessoas que utilizam, e que sofrem por quatro, cinco horas todos os dias. Até Santa Maria, o cidadão aqui de Brasília vai em um BRT, quando chega de Santa Maria até Luziânia, é aquele sofrimento, aquele verdadeiro calvário, que tem de passar todo dia, na ida e na volta”, comentou o chefe do Executivo goiano.
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