A prefeitura de Caldas Novas (GO) anunciou o início das operações do novo programa de coleta seletiva porta a porta. Trata-se de uma parceria com o Instituto Recicleiros, organização que atua no desenvolvimento de soluções para a gestão sustentável de resíduos sólidos em todo Brasil. O objetivo é destinar para reciclagem até 370 toneladas/mês de resíduos no município goiano.
A Unidade de Processamento dos Materiais Recicláveis ficará sob administração da cooperativa Recicla Caldas Novas. Que, desde novembro de 2022, já vinha recebendo os materiais depositados pela população nos postos de entrega voluntária de recicláveis (PEV) espalhados pela cidade.
A partir de agora, o programa de coleta seletiva executado pela prefeitura passará a oferecer o serviço de porta a porta nos bairros. Para colaborar com a coleta seletiva, os moradores só precisam separar os resíduos de plástico, vidro, papel e metal, dispondo-os na porta de casa para o caminhão da reciclagem no dia e horário da coleta.
Caldas Novas receberá ao todo um aporte financeiro de até R$ 5 milhões, que será destinado a estruturação da Unidade de Processamento dos Materiais Recicláveis. Além de auxiliar na implementação da política pública de coleta seletiva, obedecendo às diretrizes propostas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Expansão
Segundo Erich Burger, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Recicleiros, essa é a 12ª unidade empreendida pelo instituto. A estimativa é abrir em 60 cidades até 2027. Segundo ele, isto representará mais de 3 milhões de pessoas com acesso à coleta seletiva, 3 mil postos de trabalho em 60 cooperativas e mais de 10 mil toneladas de resíduos reciclados por mês em 2032.
Além de Caldas Novas, municípios como Piracaia (SP), Garça (SP), Três Rios (RJ), Guaxupé (MG), Campo Largo (PR), Caçador (SC), Cajazeiras (PB), Ji-Paraná (RO), Naviraí (MS), Jericoacoara (CE) e Serra Talhada (PE), já operam com o programa de coleta seletiva.
“É fundamental ter unidades de processamento de materiais pós consumo espalhadas por todo o país. Porque, assim, é possível tecer uma rede logística cada vez mais eficiente e garantir que tudo o que chega ao mercado tem o potencial de voltar, independente da região”, diz Burguer.