A Trilha Caminho dos Veadeiros, em Goiás, foi reconhecida nesta segunda-feira (17/12) como integrante da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (RedeTrilhas). O percurso, com 483 quilômetros para caminhada e duas rotas para cicloturismo, atravessa sete municípios goianos pelos cenários da Serra Geral do Paranã.
Segundo Samuel Schwaida, analista do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e voluntário do projeto Caminho dos Veadeiros, a conquista é resultado de oito anos de trabalho fortemente apoiado no voluntariado para que a trilha pudesse ser acessada de forma democrática por ciclistas e caminhantes.
“A rota de caminhada ainda está em implementação e tem alguns trechos liberados. As duas rotas de bicicleta foram sinalizadas, e já é possível consultar todos os pontos de apoio mapeados e de articulação em todos os municípios. Então, as rotas de bicicleta já podem ser percorridas”, informou.
Caminhada
A portaria, publicada no Diário Oficial da União, reconhece o Caminho dos Veadeiros como um importante corredor que conecta pontos de interesse do patrimônio cultural e natural brasileiro, promovendo conservação e geração de renda a partir do turismo sustentável.
A caminhada inclui as áreas de proteção ambiental (APAs) do Planalto Central e do Pouso Alegre e diversas reservas particulares do patrimônio Natural, além do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
“Dentro da ideia de criar uma rede nacional, foram pensadas algumas grandes trilhas no território nacional, dentre, as quais o Caminho dos Goyazes, um projeto que já estava em concepção, e aí foi feita uma conversa com o governo estadual na época para trazer esse Caminho dos Goyazes para dentro da ideia da Rede Nacional de Trilhas”, lembrou Schwaida.
Recomendações
Todo o percurso, trechos para caminhada, mapa e pontos de apoio estão disponíveis nas redes sociais da Associação Caminho dos Veadeiros (ACV), instituição responsável pelo diálogo com os órgãos públicos e comunidades, gestão e divulgação das informações relativas ao caminho e pelo manejo da trilha.
ACV traz também recomendações sobre quilometragem diária, atrativos encontrados e orientações sobre alimentação e pernoite.
“A gente tem esse cuidado de orientar também os usuários com relação ao mínimo impacto, ao respeito com o meio ambiente e ao cuidado nas pequenas propriedades. Então, a própria trilha foi planejada para evitar alguns problemas e como uma forma de gerar renda para as pessoas que vivem ali e também de gerar um manejo adequado, por exemplo, dos resíduos, sem causar impacto ambiental”, concluiu Schwaida.