O desembarque do PP (e do Centrão) no governo de Jair Bolsonaro, com a nomeação ontem do senador Ciro Nogueira (PP-PI) como ministro da Casa Civil, abriu uma vaga para Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) na CPI da Covid no Senado, como suplente do colegiado, indicado pelo bloco MDB-Republicanos-PP. Antes substituto, o senador bolsonarista Luis Carlos Heinze (PP-RS) tornou-se titular na cota do mesmo grupo de partidos. Para a defesa do governo Bolsonaro, Flávio se junta ainda aos titulares Marcos Rogério (DEM-RO), Jorginho Mello (PL-SC) e ao líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
Mesmo quando não era integrante, Flávio Bolsonaro já vinha comparecendo a algumas sessões da CPI. Agora, passa também a ter acesso a todos os documentos sigilosos obtidos pela comissão. Como segundo suplente do bloco MDB-Republicanos-PP, atuará em votações em sessões deliberativas na ausência de um dos três titulares e do primero suplente, Jader Barbalho (MDB-PA). Ele também poderá apresentar requerimentos.
Curiosamente, o filho do presidente Bolsonaro se tornou suplente pelo mesmo bloco do relator da CPI e seu maior desafeto no colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL).