A aprovação do projeto que reestrutura o transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia, aprovado definitivamente pela Assembleia Legislativa nesta terça-feira (21), abre caminho para o município reassumir o Eixo Anhanguera, hoje sob responsabilidade do Estado, e levar adiante o projeto de implantar um modelo de BRT ou até Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) na linha. O problema é que o município ainda não conseguiu nem destravar a enrolada obra do BRT Norte-Sul, cujo consórcio de empresas que tocava o projeto anunciou que está deixando a obra esta semana.
O trecho do BRT, que vai do Terminal Isidória ao Terminal Cruzeiro e está orçado em R$ 87 milhões (sendo R$ 70 milhões do governo federal e o restante da Prefeitura), só teve 8% das obras concluídas. A previsão é de uma nova licitação no início de 2022 e a entrega do trecho deve ficar para 2023. A Prefeitura tentou renegociar o contrato para manter o consórcio na obra, mas as empresas preferiram sair.
Para reestruturar o Eixo Anhanguera e implantar um novo modelo de transporte, o Paço Municipal tem uma meta ambiciosa de investir R$ 1 bilhão, que viria do Programa Avançar Cidades, gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). A capital goiana foi pré-selecionada no programa, mas ainda há um longo caminho até que o projeto seja aprovado definitivamente e os recursos disponibilizados. Mas aliados do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) estão otimistas.
“Sabemos que esse é um dos piores gargalos contra a população. Mas o prefeito de Goiânia chamou para si e para outros prefeitos da região Metropolitana a responsabilidade por esse problema. O secretário Nacional de Mobilidade já manifestou o desejo de investir no sistema e agora o Eixo Anhanguera, em especial, vai contar com investimentos de mais de R$ 1 bilhão. Essa medida vai trazer inovação, respeito e dignidade para a população”, afirmou durante a votação da matéria o deputado estadual Jefferson Rodrigues, presidente do Republicanos em Goiânia e aliado de primeira hora de Rogério Cruz.
O ex-governador Marconi Perillo chegou a criar um grupo de trabalho para implantar o VLT em Goiânia, mas o projeto nunca avançou. Enquanto isto, o Eixo Anhanguera segue operando em condições inadequadas, necessitando de reforma da pista e das plataformas de embarque.
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