Desde o primeiro minuto desta quarta-feira (12/3) todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos, “sem exceções ou isenções”, estão sujeitos a tarifas de 25% sobre a venda de aço e alumínio ao país, conforme anunciado em fevereiro.
Segundo dados do governo americano, no ano passado, o Canadá foi seu maior fornecedor de aço, em volume, com 20,9% do total, seguido por Brasil (16%) e México (11,1%).
Cerca de metade das exportações de aço do Brasil vai para os EUA, o que coloca em risco uma fatia importante da produção siderúrgica brasileira. Um membro do governo brasileiro avalia, reservadamente, que o país precisará aplicar tarifas retaliatórias para frear a investida de Trump.
Na iminência do tarifaço, o presidente Lula (PT) disse que “não adianta o Trump ficar gritando” porque não tem “medo de cara feia”. “Fale manso comigo, fale com respeito comigo que eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado”, disse.
“O Brasil não quer ser maior do que ninguém, mas o Brasil não aceita ser menor. Queremos ser iguais. Porque, sendo iguais, a gente aprende a se respeitar mutuamente”, disse o presidente brasileiro.
Reação europeia
Já a União Europeia reagiu prontamente, anunciando que vai encerrar no dia 1º de abril a isenção de tarifas de produtos americanos e apresentar em meados de abril novas medidas de retaliação.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lamentou ter de tomar a medida. “Tarifas são impostos. São ruins para o mercado e ainda piores para os consumidores. As medidas que tomamos hoje são duras, mas proporcionais”, afirmou, acrescentando que o bloco ainda busca uma solução negociada com os EUA.