A cooperativa agrícola Comigo, a maior de Goiás e 6ª maior do Brasil, anunciou neste ano investimentos que devem somar R$ 1,3 bilhão. Entretanto, isto ainda não deve gerar aumento do faturamento, que neste ano deve repetir o de 2022, na casa dos R$ 13 bilhões. Motivo: preços das commodities agrícolas no mercado internacional.
Convém lembrar que em 2019, a cooperativa fechou com faturamento de R$ 4,5 bilhões. Em 2022, bateu recorde: R$ 15,6 bilhões. No entanto, o agro entrou em crise de preços no ano seguinte, quando o faturamento da Comigo fechou em R$ 13 bilhões.
“Em quantidade, estamos fazendo mais. Mas a commodity caiu muito e aí o faturamento caiu. Por isso, neste ano, o faturamento deve ser os mesmos R$ 13 bilhões, não deve mudar muita coisa”, afirmou o presidente executivo Dourivan Cruvinel ao portal AgFeed.
Safra agrícola
A Comigo espera receber nesta safra em torno de 65 milhões de sacas de soja e 25 milhões de sacas de milho. Volumes mais altos em relação aos obtidos no ano passado, quando foram recebidas 55 milhões de sacas de soja e 20 milhões de sacas de milho.
“A chuva atrasou o plantio uns 10 dias, mas agora está normal, todo mundo está plantando, acho que vai ser uma boa safra”, afirmou Cruvinel.
Em abril deste ano a cooperativa anunciou um investimento de R$ 1,3 bilhão na construção de uma nova esmagadora de soja, em Palmeiras de Goiás. A estrutura terá capacidade de processar até 5 mil toneladas de soja por dia e será concluída até o fim do ano que vem.
Expansão
A Comigo também anunciou expansão de sua rede de lojas com investimento de R$ 50 milhões. Também já bateu martelo para a construção de dois novos armazéns no ano que vem, em Santa Fé de Goiás e Caçu.
Em janeiro deste ano, a Comigo já tinha inaugurado um armazém em Mineiro, com capacidade estática de 3,3 milhões de sacas de soja e milho, que custou R$ 150 milhões.