Os 133 cardeais que compõem o conclave da Igreja Católica estão fechados na Capela Sistina escolhendo o novo bispo de Roma, título original do papa. Eles vêm de mais de 70 países, algo inédito na história do catolicismo.
De acordo com o Vaticano, o resultado da primeira votação deve ser anunciado às 14 horas (horário de Brasília), mas não há expectativa de que a aguardada fumaça branca apareça de imediato, já que os conclaves das últimas décadas duraram entre dois e três dias.
São necessários dois terços dos votos para que um novo papa seja eleito. Antes de entrar em isolamento, 130 cardeais participaram de uma reunião que discutiu os últimos detalhes do conclave e, principalmente, a continuidade das reformas iniciadas por Francisco, em particular o combate aos abusos e à corrupção.
Articulação
Antes do início do conclave, um dossiê elaborado por grupos católicos conservadores do Reino Unido e dos EUA foi entregue aos cardeais. O documento lista os 40 principais candidatos e suas posições sobre temas como bênção a casais do mesmo gênero, contracepção e ordenação de mulheres como diaconisas.
Os autores do documento buscam a eleição de um conservador que afaste a Igreja das mudanças adotadas pelo falecido papa. Mais do que um documento, católicos conservadores americanos levaram ao Vaticano um festival de mimos aos cardeais, com jantares, coquetéis e promessas de que suas doações alcancem US$ 30 milhões anuais.