O Congresso se mobiliza, a partir desta terça-feira (23/5), para finalizar a votação de oito medidas provisórias (MPs) que caducam em 1º de junho. Seis delas foram editadas pelo presidente Lula (PT), mas só três já têm suas comissões mistas formadas. O relatório da MP do Bolsa Família já foi aprovado pela comissão, mas tem de ser votado no plenário da Câmara e do Senado.
A apresentação do relatório final e a votação do parecer sobre a reorganização da Esplanada dos Ministérios devem ocorrer na quinta-feira. A votação em plenário só pode acontecer depois disso. Já a comissão da MP que recria o programa Minha Casa, Minha Vida deve terminar em 14 de junho.
Frente a esse cenário, os governistas tentam outros caminhos, como incluir os principais trechos como emendas em projetos de lei mais avançados no Congresso. Desde o início do ano os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), divergem sobre o rito de tramitação das MPs. Já a reforma tributária deve ser pautada ainda no primeiro semestre.
CPI bolsonarista
Em represália à cassação do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) pelo TSE, políticos de oposição querem tirar do papel a CPI do abuso de autoridade, pedida em novembro do ano passado pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). O requerimento fala especificamente em investigar atos do TSE e do STF.
Deltan participou na tarde deste domingo (21/5) de uma manifestação em Curitiba organizada pelo MBL, que reuniu algumas centenas de pessoas em frente à sede local do MPF. Ele disse que lutará “até o fim” para reaver o mandato, cassado por tentativa de burlar a Lei da Ficha Limpa.