Deve ter sido uma das CPIs mais breves na história da Assembleia Legislativa de Goiás: apenas duas semanas depois de ter sido instalada, a comissão que pretendia investigar a saúde pública do Estado foi oficialmente encerrada nesta quarta-feira (13/7). Foi uma vitória para a base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que havia cochilado numa sessão no final de junho passado e a oposição aproveitou para instalar a CPI no Legislativo estadual.
A base governista agiu rápido depois: destituiu o comando da CPI, que por menos de 24 horas ficou nas mãos da oposição na Assembleia, nomeou deputados aliados e rejeitou todos os requerimentos de parlamentares oposicionistas. Praticamente, a CPI enviou apenas um questionário para a Secretaria de Saúde do Estado responder. As respostas chegaram em apenas 48 horas.
Com base nas informações oficiais do Estado, o deputado e relator da CPI, Francisco de Oliveira (MDB), apresentou nesta quarta-feira o seu relatório. E com pedido pelo arquivamento da comissão. Que foi aprovado pelos colegas governistas.
Conclusões
Chiquinho de Oliveira conseguiu concluir que “não houve favorecimento, má gestão, omissão de socorro, prevaricação, desobediência ou improbidade administrativa por parte dos gestores Central de Regulação da Saúde de Goiás”. Disse ainda que todas as medidas possíveis foram tomadas durante o período em que “teriam ocorrido as supostas condutas ilícitas”.
O deputado ressaltou, ainda, melhorias implementadas pelo governo Caiado desde 2019 na saúde pública de Goiás. Citou construção de policlínicas, implantação do Sistema Estadual de Regulação de Cirurgias Eletivas e do sistema SERVIR, que permite que todo o Estado tenha conhecimento de como estão ocupados os leitos sob gestão do município de Goiânia.
O relatório com o pedido pelo arquivamento foi aprovado pelos deputados Talles Barreto (União Brasil), presidente da CPI, Francisco Oliveira e Wilde Cambão (PSD). O único voto contrário foi do Delegado Humberto Teófilo (Patriota), autor do pedido de instalação da comissão parlamentar.
Portanto, deu o esperado: está sepultada a CPI da Saúde.