O governador Ronaldo Caiado (UB) tem a maioria na Assembleia Legislativa de Goiás, mas isto não impediu da oposição emplacar a instalação de uma CPI para investigar a área da saúde do Estado. Os trabalhos vão ser realizados em plena campanha eleitoral deste ano. E o pior para o governo: a presidência, a vice e a relatoria da Comissão de Inquérito ficaram todas com os deputados da oposição.
O pedido para instalar a comissão foi do deputado-delegado Humberto Teófilo (Patriotas), mas só conseguiu emplacar quando o deputado Hélio de Sousa (PSDB) presidia ontem (8/6) a sessão no Legislativo.
A bancada governista até tentou reverter a situação. Líder do Governo na Assembleia, Bruno Peixoto (MDB) requisitou a demonstração de assinaturas para abertura da CPI. Solicitou também que fosse verificado o processo de indicação de nomes para fazer parte da CPI porque, segundo ele, os líderes de bancada não foram consultados.
Hélio de Sousa retrucou. Disse que foram seguidos todos os trâmites legais. “Nesse momento, está instalada a CPI. Já aconteceu a primeira sessão, eu fui escolhido para ser o presidente e o deputado Paulo Trabalho para ser vice-presidente e o deputado Humberto Teófilo para ser o relator. Está é a verdade e eu acho que daqui para frente ninguém deve discutir mais”, disse.
Oposição comemora
“O povo precisa da saúde pública e de atendimento adequado. Essa CPI vem para investigar denúncias enviadas ao Parlamento”, disse o deputado-delegado Humberto Teófilo (Patriota). “Prometemos à população que iríamos cuidar da boa aplicação do dinheiro público, e nós estamos fazendo isso com a instalação dessa CPI”, disse o vice-presidente da Comissão, Paulo Trabalho (PL).
O deputado Major Araújo (PL) disse que já recebeu denúncias que hospitais administrados por OSs não recebem fiscalização da Vigilância Sanitária, além de acusações sobre a baixa qualidade dos materiais usados, entre outras. Defendeu ampla investigação, inclusive no período eleitoral.
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