A crise econômica brasileira, com baixíssimo crescimento do PIB nos últimos anos, afeta diretamente a população mais pobre de Goiás. É o que mostra a pesquisa divulgada hoje (10/6) pelo IBGE. O rendimento médio mensal dos goianos no ano passado foi de R$ 2.101, considerando todas as fontes. É o menor valor dos últimos dez anos, desde quando foi iniciada a série iniciada em 2012.
Mas, isto é na média. Com o desemprego ainda elevado e inflação alta, 359 mil goianos tiveram renda média per capita inferior a R$ 100 por mês. Os 5% dos goianos com menor renda mensal receberam em média R$ 92 em 2021, uma redução de 24% em relação a 2020.
Já no topo da pirâmide, na faixa da população que ganha os maiores rendimentos, que é apenas 1% dos 7,2 milhões de goianos, o rendimento médio domiciliar per capita foi de R$ 12.085 no ano passado. Também sofreu perda do poder aquisitivo, mas apenas uma redução de 0,5% comparado com 2020.
Em números absolutos, observa-se que 359 mil goianos possuem rendimento médio domiciliar per capita de R$ 92,00, enquanto 72 mil goianos possuem rendimento médio domicilia per capita de R$ 12.085.
Para a análise, são utilizadas informações de rendimentos recebidos de todos os trabalhos e dos recebidos de outras fontes, deflacionados a preços médios de 2021.
Dos 7,2 milhões de pessoas residentes em Goiás em 2021, 60% tinham alguma renda. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$ 1.270 em 2021 no Estado, queda de 5% em relação a 2020.
O melhor resultado da série em Goiás foi em 2014, quando a renda média mensal do goiano era de R$ 2.402.
Saiba mais: Fome e endividamento crescem no Brasil.