O Estado teve uma arrecadação bruta de R$ 20,8 bilhões de janeiro a agosto deste ano. Isto representa crescimento de 25,5% em relação à receita bruta no mesmo período de 2020, que foi de R$ 16,6 bilhões. Se descontar a inflação (que não está nada baixa), ainda assim o crescimento real é de 13,6%. Ou seja: o governo de Ronaldo Caiado (DEM) teve incremento de R$ 4,2 bilhões em suas receitas somente neste ano. Isto representa dois meses extras de arrecadação do Estado.
Segundo o colunista Lauro Veiga Jardim, em sua coluna no jornal O Hoje, este ótimo desempenho pode ser atribuído ao Programa de Regularização Fiscal, que conseguiu recuperar tributos em atraso a partir da concessão de forte desconto e parcelamento de débitos para devedores do Fisco; a retomada das atividades econômicas depois de um longo período de restrições impostas pela pandemia em 2020, especialmente no setor de serviços; e, claro, os significativos aumentos nos preços dos combustíveis, que fazem o Estado arrecadar muito mais.
O ICMS teve contribuição mais relevante para o aumento da arrecadação de Goiás, respondendo por praticamente 87% do crescimento entre janeiro e agosto deste ano, somando R$ 14,8 bilhões. Somente o imposto estadual teve crescimento de 32,9% neste ano, bem acima da média nacional, o que garantiu uma receita adicional de R$ 3,6 bilhões aos cofres do Estado. Inclusive, fez a crescer a participação de Goiás na receita total do ICMS no País de 3,47% para 3,58%.