O presidente Lula (PT) nesta quinta-feira (7/12), no Rio de Janeiro, a 63ª edição da reunião de cúpula de chefes de Estado dos países do Mercosul. O bloco é composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O encontro, no qual Lula passará a presidência semestral do grupo ao Paraguai, ocorre em meio à crise entre Venezuela e Guiana e três dias antes da posse de Javier Milei como presidente da Argentina.
Integrantes da cúpula militar brasileira preveem que a Venezuela invadirá pelo mar, e não por terra, o Essequibo, região em disputa que representa mais de 70% do território da Guiana. Segundo militares brasileiros de alta patente, a invasão por via terrestre seria o caminho mais difícil para as Forças Armadas venezuelanas.
Diante da escalada da tensão na região, o presidente Lula convocou o ministro da Defesa do Brasil, José Múcio, para uma reunião nesta sexta-feira, em Brasília, para tratar do assunto.
Em cima do muro
A ausência de uma posição do governo sobre a decisão de Nicolás Maduro de anexar parte da Guiana incomoda as Forças Armadas do Brasil. Comparam com a verborragia do presidente Lula sobre as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Dizem que o conflito local é o único que pode impor riscos ao Brasil.
Já o presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse esperar que o Brasil desempenhe um papel de liderança para manter a paz na América do Sul. Em entrevista à GloboNews, Ali elogiou a postura do governo brasileiro em relação ao impasse e classificou as ações como “muito maduras”.
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