Pressionado pelo valor da mão de obra, o Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil em Goiás teve, em janeiro, a maior elevação desde maio de 2021. O indicador fechou com alta de 2,8% no mês passado, a R$ 2.120,99 o metro quadrado. A alta preocupa o setor, pois ainda haverá a data-base, em maio, e reflete uma maior procura por profissionais. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon), Cezar Mortari, a elevação nos salários em janeiro foi da ordem de 5%, em média.
O CUB tem acumulado altas nos últimos dois anos. Em 2020, fechou com elevação de 8,2%, a R$ 1.804 o metro quadrado. Em 2021, o indicador subiu 14,3%, alcançando R$ 2.063,13. Mas, ao contrário do que ocorreu desde o início da pandemia de Covid-19, agora os preços das commodities estão mais acomodados, com a oferta mais regular, apesar de que aumentos futuros não estão descartados.
Com a mão de obra, o que tem ocorrido é uma demanda maior, somada à escassez de mão de obra qualificada e busca por reposição de perdas inflacionárias. A alta procura por profissionais é geral, segundo Mortari, mas é mais intensa por pedreiros, carpinteiros, montadores e soldadores. A pressão dos salários ocorre porque o mercado está aquecido, com novos lançamentos e avanço nas construções de empreendimentos já em andamento. “É claro que os empresários querem valorizar seus trabalhadores, para o mercado ser atraente para eles”, diz o presidente do Sinduscon Goiás.