A defesa de Jair Bolsonaro (PL) classificou como ilógica a sugestão de que o ex-presidente fosse pedir asilo político ou tentar fugir do país quando decidiu passar duas noites na Embaixada da Hungria. Segundo afirmaram os advogados em manifestação enviada nesta quarta-feira (27/3) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A defesa também argumentou que as conclusões tiradas após a revelação da estadia pelo jornal The New York Times são “equivocadas”. Moraes pediu a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre as explicações. A PGR tem até cinco dias para se manifestar. O ministro só vai analisar o caso após receber o parecer.
Paulo Gonet, procurador-geral da República, vai se dedicar pessoalmente para analisar a estadia de Bolsonaro na embaixada húngara. O caso é um daqueles “mais sensíveis”, que o PGR chama para si, de acordo com interlocutores.
Antes da campanha
Aliados de Bolsonaro acreditam que Alexandre de Moraes (STF) trabalha com um prazo para colher provas e prender o ex-presidente: julho. Segundo o portal Metrópoles, membros do PL avaliam que uma medida mais grave, como a prisão preventiva, viria antes do início da propaganda eleitoral, em agosto, para não ser interpretada como perseguição política, turbinando candidaturas da sigla.