Os deputados estaduais se revezaram hoje na tribuna da Assembleia Legislativa para criticarem o corte de 50% nos atendimentos eletivos (não urgentes) do Ipasgo, que administra o plano de saúde do Estado. No final do dia, aprovaram em segunda e definitiva votação, projeto de lei que amplia o número de usuários do instituto do governo de Goiás, que atualmente tem pouco mais de 600 mil beneficiados.
“É uma vergonha o que estão passando os usuários do Ipasgo, o atendimento foi cortado em 50%, não avisaram os prestadores, e as pessoas continuam pagando o plano. Ingressamos ontem com uma representação junto ao Ministério Público de Goiás e à Defensoria Pública, que vão entrar com ação caso não haja um retorno administrativo da gestão estadual”, disse o deputado-delegado Eduardo Prado (DC).
O deputado Major Araújo (PSL) lembrou que no ano passado o Ipasgo suspendeu todas as cirurgias, procedimentos e consultas eletivas. “Nós viemos aqui, apresentei um projeto pedindo a redução e também, um desconto de 50%, que foi suspenso”, afirmou. “Há uns três meses, o Ipasgo anunciou a volta de todas as cirurgias, procedimentos e consultas eletivas. Agora diz que o dinheiro acabou e suspende novamente”, criticou.
Os deputados da base caiadista entraram em campo. Líder do Governo, o deputado Bruno Peixoto (MDB) disse que não houve redução do atendimento e sim um acréscimo de 50% da demanda por exames e cirurgias eletivas, que foram represados em virtude da pandemia, e que estão sendo realizados nos últimos três meses. “Atingiu, assim, o teto e estamos trabalhando para dar uma solução técnica”, afirmou.
Ampliar beneficiários
Já no final da sessão desta quarta-feira na Assembleia, foi aprovado em definitivo o projeto de lei do deputado estadual Karlos Cabral (PDT) que inclui os pais e irmãos solteiros de servidores públicos estaduais como dependentes do Ipasgo. O projeto tramitava na Assembleia desde 2019 e agora vai para sanção ou veto do governador Ronaldo Caiado (DEM). Por iniciativa do deputado-delegado Humberto Teófilo (PSL), foi retirado do projeto um artigo que previa a manutenção da titularidade do Ipasgo por parte de ex-deputados estaduais e vereadores por até cinco anos após o término do desligamento do plano de saúde.