Nada de acordo sobre o fundo de financiamento de campanha eleitoral de 2024. A maioria da Câmara dos Deputados quer um valor de R$ 4,9 bilhões, o dobro da última eleição municipal, em 2020. Os dirigentes partidários também. Já o Senado e deputados de estados menores defendem R$ 2,5 bilhões, igual ao de 2020, só que corrigido pela inflação.
O Congresso avalia também como irrigar o fundo eleitoral com dinheiro público. Uma proposta é tirar dinheiro de alguns ministérios na votação do Orçamento de 2024, transferindo os recursos para o fundão — a ideia ganhou força nesta semana.
Como ano que vem é eleitoral, os parlamentares estão de olho no potencial político das emendas. O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, não deve se envolver na disputa. Ele apresentará a nova versão do projeto hoje, mas o texto só deve ser votado na semana que vem.
Já a discussão sobre o fundão será jogada para a votação da proposta do Orçamento, cujo relator é o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP). O PL quer conquistar mais de mil prefeituras e terá direito à maior fatia do fundão. A expectativa é de que o Orçamento seja aprovado até o fim do mês para que as emendas parlamentares sejam liberadas já no início de 2024.
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