Lideranças e presidentes de partidos da base aliada ao governador Ronaldo Caiado (DEM) não descartam a possibilidade de aliança com uma candidatura da oposição em 2022, especialmente uma do prefeito Gustavo Mendanha (ainda no MDB) para o governo estadual, caso não sejam acomodados como pretendem na próxima chapa caiadista. A informação é do colunista Rubens Salomão, da Sagres.
É que a chegada do MDB, com vaga praticamente garantida na próxima vice de Caiado, tem deixado alguns aliados ressabiados. “A falta de diálogo do governador para decidir sobre a ocupação de uma das vagas na chapa majoritária, agora reservada ao MDB, levou os partidos a cogitarem outras possibilidades de aliança para a disputa da próxima eleição, inclusive com abertura de conversas com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha”, informa o jornalista.
A coluna ainda diz que a avaliação de aliados é que o governador, ao antecipar aliança com o MDB para 2022, tenta isolar Gustavo Mendanha, mas também gerou insatisfação na sua base e aumentou as possibilidades de aliança em torno do próprio prefeito de Aparecida de Goiânia.
Está cedo ainda
Mas ninguém deve passar recibo ou fazer qualquer movimento mais brusco neste ano. Até porque, mesmo que estas lideranças estejam descontentes com o tratamento especial do governador Caiado para Daniel Vilela (MDB), elas sabem que o cenário político de hoje muito provavelmente não será o mesmo daqui a 10 meses, na véspera das convenções partidárias, quando se definem candidaturas e alianças.
É difícil imaginar, hoje, que haverá uma debandada de partidos atualmente na base governista para uma aliança com a oposição em Goiás. Sim, pode haver algumas movimentações de lideranças neste sentido, mas isto dependerá muito das negociações que Caiado realizará para acomodar aliados num próximo projeto de poder (2023/2026) no Estado e, principalmente, da real expectativa de candidaturas da oposição serem uma ameaça à reeleição do governador.